Hoje a B. regressou às aulas, começou um novo ano lectivo.
Também teve início o segundo Congresso Português de Filosofia na FLUP - Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Depois de deixar a B. e enquanto conduzia lembrei-me que esta já foi uma rotina importante, também a deixava na creche e lá ia para a biblioteca da FLUP pesquisar e escrever. Dias a fio, nos dias livres, nas férias e por vezes até nas manhãs de sábado.
E já passou quase uma década desde os meus tempos de doutoranda. E grande parte da minha tese foi construída nesta biblioteca.
Na minha solitária investigação este espaço foi muito importante, por isso tinha mesmo de fazer um post sobre a biblioteca, porque a minha condição de ser-afectado-pelo-passado exige este trabalho de memória, porque tenho uma dívida que esta narrativa pode pagar. E a minha imensa alegria, sinto-a quando aqui entro, por isso a minha memória está apaziguada. E esta biblioteca continua a dar-me tanto e tanto, não poderia entrar e sair sem ver as novidades, os últimos periódicos, e eis que o último número da Revue Sciences Humaines traz um artigo de François Dosse sobre Paul Ricoeur.
Julgo que ainda não referi mas sou uma Ricoeuriana, uma especialista em Paul Ricoeur! Pelo menos tento ser...eheheh. Mas é verdade a minha tese foi sobre Ricoeur, daí ter de ler tantas obras e articular várias áreas, por que este é o filósofo de todos os diálogos possíveis. E esta biblioteca possibilitou-me muitas das leituras necessárias. .. Agora que já actualizei mais algumas vou para o Congresso, que isto é um evento imperdível ( digo eu, claro está ).
Sem comentários:
Enviar um comentário