terça-feira, 13 de setembro de 2016

Revisitar "A Árvore " porque os artistas não morrem...

Quando  ontem abri o jornal tive de ler a má  notícia  da morte do artista plástico  José  Rodrigues.
Ficámos  mais pobres, pensei subitamente.
E hoje não  podia deixar de revisitar a casa amarela , esse espaço  de liberdade do qual José Rodrigues  foi também  um dos fundadores.

De facto  o escultor tinha razão  "nem à  bomba (n)os arrancam daqui" . Os artistas são  seres fantásticos,  são  visionários  e conseguem deixar marcas... Criam um  outro mundo de possíveis e provocam-nos...

É  a ambiguidade,  o contraste, este jogo do quase  ver, de significantes que querem emergir...
 que torna a arte tão  nobre  quanto maltratada.  Pelo  menos, na maioria das instituições  e pessoas de poder. Mas,  isso  não  interessa nada, levaria  por caminhos  sinuosos  porque  nos impeliria a questionar a escola, a falta de importância  dada à  educação  da arte ou pelas artes, ao magro orçamento  que  é  destinado à  cultura,  enfim.... como diz  o meu amigo PPC  isso não  interessa nada.  Esta  luz, estas cores vivas e a ESBAP  é  que  fazem sentido,  porque sim!
Será  que o PPC  foi aluno de  José Rodrigues?  Tenho de perguntar-lhe. Ou talvez  já  o artista tivesse deixado de ser  professor nessa altura, talvez  já  tivesse sido depois de o  espantarem de tanto o chamarem de mestre. Sim, que  o escultor não  quis perder a sua autenticidade.  E  não  perdeu.! E sempre fiel aos materiais  dignos desse nome, a pedra e o metal. 
Ainda  bem que não  gostava do efémero! 
Felizmente  as suas obras serão eternas,  pelo menos as maiores, o espírito  desta cooperativa e a bienal de Vila Nova de Cerveira.  A menos que  um terramoto mental ou uma crise galopante de Alzheimer assolem as novas gerações  de artistas! ! ! ! 

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