sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Mercado do bom sucesso, eclairs....ou o melhor doce que o porto tem!....a pensar em ti amiga Isabel!

No  amor podemos substituir  uma pessoa  por outra, mas não  na amizade,
Porque  cada amigo tem  o seu  lugar e não  podemos substitui-lo.
    António  Lobo Antunes


Dia de chuva no porto, dia cinzento a pedir abrigo. Rumo ao Mercado do Bom Sucesso.
Por aqui perde-se o tempo, há  sempre pessoas e coisas diferentes,  e viajamos  por todo o país  através  dos sabores e das cores de cada região.
Por  aqui no norte já  começa  o frio, quando os trópicos  aquecem. Lembro-me de Angola  , do cheiro intenso da terra alaranjada  e das cores quentes. E sinto saudades,  é um  facto.  Sobretudo das pessoas  e de uma em especial, a minha amiga Isabel.
 Uma  daquelas  mulheres feitas de fibra e coragem, daquelas com quem rimos e choramos de um modo espontâneo, que não  douram pílulas,  mas que atiram as palavras certeiras, mesmo as mais duras de ouvir. Mulheres do norte, claro está!
Quis  a vida nos seus ramos por vezes inexplicáveis,  colocar-nos  no mesmo caminho! Em boa hora!

Durante o meu tempo de expatriada  foi a minha confidente, o ombro e o porto de abrigo nas horas duras de saudade, o empurrão  para a luta num quotidiano por vezes difícil,  a companheira das gargalhadas  e das vivências  mais genuínas. 
 vivemos no "MULEMBA RESORT " peripécias  que a memória  não  apagará.  Aliás,  "D. Isabella" como o  nosso  amigo francês  lhe chamava, era a alma ( e o general, diga-se a bem da verdade) da Mulemba.  E a D. Isabella  todos prestavam  vassalagem.  Tipo Branca de Neve e seus sete anões. Estão  a ver o filme?!   Sim, que na Mulemba  tínhamos o dengoso, o atchim, o feliz, o mestre, o zangado, o dunga e o sonecas. Eheheh...uns autênticos  cromos, todos sempre prontos a agradar a loura branca!; Na  verdade nada fazíamos  sem a sua aprovação,  ou pelo menos sem  a sua conivência.  E até  os menus tinham de ser do agrado da dama ( de ferro). E isso implicava sempre um prato farto, um vinho de categoria e  um  bom docinho ( ou vários. ...eheheh). 
 Por isso, agora se faz tão  presente o seu gosto tão  apurado, e, por aqui estaria nas suas " sete quintas". Ele há  marisco, bons vinhos, chás  para enfartamento, ervas e aromáticas  para qualquer tipo de maleita ou achaque, bom vinho para os brindes! Ah, e o melhor e mais famoso doce do Porto.

 Os  eclairs  da Leitaria  Quinta  do Paço.  
Aqueles que se desfazem na boca e que nos fazem lamber o chantili que se escorre e nos lambusa  o canto da cara.. E D. Isabella  lambona teria dificuldade em escolher: entre o tradicional de chocolate, o de caramelo, de frutos vermelhos, de chocolate branco, de café.  Ou de limão  para os dias mais azedos. Ui, e os de maracujá,  perfeição  agridoce. 


Só  nos imagino por aqui as duas a pavonear, cedendo a tão  irresistíveis  tentações  e a matarmos  o tempo e a distância à  velocidade galopante de quem come estes mini eclairs,  que é  o mesmo que dizer, de uma única  e intensa dentada! 
Amiga,  estou por aqui, no Porto, aparece quando quiseres, mas, vem! Vem só,  yah?!

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