Gosto de deambular pela cidade. A pé ou de carro, gosto de observar as mudanças, o que flui, aquilo que se vai transformando.
Muitas vezes deparo-me com muros e fachadas grafitados. Gosto. Demoro-me a olhar, tento perceber a mensagem ou fico só a admirar a criatividade.
Felizmente vão longe os tempos em que estes writers rabiscavam um chorrilho de palavras mal amanhadas, mensagens negritadas, apenas.
Muitas vezes deparo-me com muros e fachadas grafitados. Gosto. Demoro-me a olhar, tento perceber a mensagem ou fico só a admirar a criatividade.
Felizmente vão longe os tempos em que estes writers rabiscavam um chorrilho de palavras mal amanhadas, mensagens negritadas, apenas.
Hoje há mesmo espaços criados para o efeito, muros que são dados para livremente alguém os potenciar. Pelo Porto há vários desses espaços, fachadas de prédios que aguardam demolição ou uma intervenção, paredes cinzentas e degradadas que se vestem de cores e da imaginação dos que abraçam a street art. Há até alguns com nome como o mural da Leonesa.
E com muita expressividade! Mensagens que articulam tradições, costumes e símbolos com uma nova apropriação.
E a cidade ganha vida! Afinal os medos, as conquistas, os anseios, os desejos fazem parte desse jogo identitário que é tão próprio de cada lugar.
Esta forma de expressão tão fugaz e tão viva está tão presente nas cidades europeias. E deixa marcas, traços na memória. Quem já teve oportunidade de admirar o mural que restou do muro de Berlim, não esquece. E é tão importante essa memória, sobretudo agora que se fala em erguer novos muros. Julgo que deviam fazer uma visita guiada a certos políticos a estes lugares, talvez aprendessem alguma coisa, pelo menos a terem um pouco mais de bom-senso e tolerância. Talvez chegasse! E passear por Bruxelas com o Tim Tim em tamanho XXXL Ou ver as paredes de museus londrinos grafitadas. Bem mais interessante do que ver a cidade a degradar-se.
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