Poderia começar este post por dizer há vinte anos atrás quando eu morava na rua atrás da Sé este largo não era diferente, era exactamente igual...mas soaria a cliché de Hermano Saraiva, que não faz de todo o meu género. Eheheh!Mas não deixa de ser um facto real.
A imponência do granito sobrevive ao tempo e mantém inalterável o ex-libris desta cidade que não é à toa que se diz cidade museu! E é por este, pelo museu que volto ao largo, para lhe prestar homenagem, perscrutar- lhe as paredes e janelas de guilhotina, entrar portal dentro, passar as duas colunas orgulhosamente, porque este museu faz cem anos! E para a festa há que o visitar, contar também para o número, porque o seu director erigiu os cem mil visitantes como meta, e as gentes da beira sabem bem que " só alcança quem não cansa". ( Aquilino Ribeiro)
O Museu Grão Vasco que agora é Nacional merece esta festa, vestiu-se de gala e abre os seus tesouros renascentistas aos olhares que os quiserem acolher. Vasco Fernandes fez bem a sua parte, paletes de cores quentes e todos os pormenores sagrados. Quando se entra na sala de São Pedro ( pintura a óleo, 1529) dá mesmo a sensação que vai começar o julgamento. Ai, é melhor descer a escadaria de pedra a correr para não ouvir o veredito, eheheheh
Este museu é sem dúvida a casa de grão Vasco. Outrora foi Paço episcopal e Souto Moura reabilitou-o já neste século. E nestes cem anos tem sido um bom guardião da arte sacra, não estivesse paredes meias com a catedral, que começou por ser romântica mas que conta a história de quase todos os estilos , e, ladeado pela Igreja da Misericórdia no seu estilo rococó.
é do cruzeiro que também marca o poder eclesiástico que nos despedimos de Grão Vasco e do museu. Mas a festa continua, muitos aplausos! Viva o Museu Grão Vasco!
Sem comentários:
Enviar um comentário