quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Despedida de Agosto com as festas de S. Lourenço

É  certo que em Agosto não  há  canto nem vilarejo que não  tenha a sua festa. Somos sem dúvida  um povo festivaleiro, puxa-nos o pé  para a dança  e o corpo gosta de bailaricos, farturas e confusão.  Está -nos na alma a devoção  e há  santos em cada lugar à  espera de procissão  e tapetes de flores. Vestem-se altares  e janelas, afinam-se as vozes e paga-se ao grupo da moda para trazer os forasteiros. É  assim em Agosto. Milhares de festas e romarias. Trago uma que  nos conquistou.
S. Lourenço.  Vilar de Andorinho,  Gaia. É  uma pequena freguesia  e só  a descobrimos  quando levámos  a B. Ao auditório  Salvador  Caetano em Dezembro passado a pedido da sua professora de piano  para um concurso musical . Afinal era já  uma iniciativa da  comissão  desta festa que organizava eventos para angariarem fundos  e promoverem a festa.  
Foi a garra e a irreverência  de um punhado de jovens da freguesia,  na sua maioria estudantes universitários  que nos conquistou, com a sua vontade de serem os obreiros das festas de S. Lourenço.  Estes jovens pegaram no seu querer e saber e alargaram a festa.
Às vertentes  religiosa e paga, juntaram 
 a  gastronomia e a cultura.  Se até  às  festas pouco sabíamos  deste lugar, depois de percorrermos a exposição  "coração  de S. Lourenço "  já  conhecíamos  as gentes e as tradições,  a origem   da festa  e as comissões  mais importantes , a história  da capela  e a mercearia  mais famosa.
Confesso que não  sou uma expert em romarias, mas esta pequena festa à  qual não  quisemos faltar tinha sabor de tradição  renovada, de esperança  na preservação  das identidades locais .
E disso esta comissão  pode ficar orgulhosa,  pois  é  assim que se paga a dívida  ao passado, fazendo-lhe homenagem com a viva memória. 

 S. Lourenço  deveria estar feliz no alto da sua capela ao sentir tantos corações  aos pulos  de alegria.  

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